Integração de Crianças Migrantes e Refugiadas

 

Em Portugal, apesar de apenas 4% dos seus residentes serem estrangeiros1, as 5 nacionalidades estrangeiras mais numerosas à data dos Censos 2011 eram, por ordem de importância: brasileira, cabo-verdiana, ucraniana, angolana e romena. 

 

De acordo com as últimas estatísticas, o número de migrantes forçados em todo o mundo ultrapassa os 60 milhões e não para de aumentar. O número de pessoas que buscam proteção no nosso país é de cerca de 870 por ano. Entre estes, as crianças são um grupo crescente na Europa que enfrentam riscos no seu desenvolvimento, associados a dificuldades na sua educação, resultado de sistemas educativos regidos pela cultura dominante. Estas dificuldades estão associadas a medidas educativas desajustadas, como a colocação em escolas com níveis baixos de desempenho, enviesamento cultural na avaliação, falta de articulação e de reconhecimento das diferenças culturais, falta de apoio familiar, implicando elevadas taxas de insucesso escolar.

 

Existem várias barreiras na escola: linguísticas que dificultam a comunicação; o racismo e discriminação que dificultam o desenvolvimento de relações positivas com os pares e o processo de inclusão; e a rotulação das crianças pelas histórias traumáticas ou por estereótipos negativos dirigindo a atenção para os défices ou problemas que impede o foco nas competências e recursos.

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Desenvolvido por uma equipa internacional multidisciplinar o RESCUR, Currículo Europeu para a Resiliência apresenta-se como um potencial apoio para a comunidade migrante/refugiada que promove a capacitação de crianças vulneráveis a utilizar os seus recursos pessoais, ultrapassar os desafios decorrentes da sua situação de forma positiva.

 

São nossos objetivos específicos:

1. Desenvolver a aprendizagem socioemocional e competências de resiliência;

2. Promover comportamentos positivos e relações saudáveis; 

3. Promover a saúde mental e o bem-estar; e

4. Melhorar o envolvimento académico, a motivação e a aprendizagem.